A falta de médicos pediatras no Pronto-Atendimento (PA) do Patronato já é de conhecimento de muitos pais, que já têm recorrido à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) para garantir uma consulta para os pequenos. Enquanto eles buscam a alternativa indicada pela prefeitura, a Secretaria de Saúde do município garante que está em negociação para a contratação emergencial de novos profissionais.
A operadora de caixa Miriam Brondani Becker, 22 anos, levou a pequena Lauane, 2 anos, para atendimento na UPA. Segundo ela, a menina já estava em tratamento no PA do Patronato mas, como na terça-feira pela manhã, o serviço de pediatria estava suspenso na unidade, ela não teve outra alternativa.
Há duas semanas, nós levamos ela no PA. Ela estava fazendo o tratamento, mas acabou o remédio, e voltou a se atacar da bronquite. Daí, tivemos que vir até aqui afirma Miriam.
No PA do Patronato, a falta de médicos em alguns turnos foi ocasionada porque, em junho, um médico morreu, outro entrou em licença e um pediu exoneração. Atualmente, a unidade conta com 10 pediatras no quadro de funcionários, mas o número é pequeno para os atendimentos. Quando todos os turnos têm pediatras, são cerca de 150 crianças atendidas por dia.
Segundo a secretária adjunta de Saúde, Solange Capaverde, a falta de pediatras para contratação na cidade é o principal motivo para os turnos sem médicos. Em abril deste ano, o Diário já havia noticiado a falta desses profissionais na cidade. Entre os principais motivos para a ausência, estavam o trabalho essencialmente clínico, a remuneração baixa de consultas por meio de planos de saúde e, na saúde pública, a falta de vínculo entre médico e paciente, pois, nos plantões, nem sempre o mesmo profissional atende o doente.
Segundo Solange, a secretaria de saúde já está com negociações para a contratação de profissionais:
Até outubro, teremos um concurso para contratar médicos. Enquanto isso estamos tentando um contrato emergencial temporário e já estamos em negociação para que o Husm atenda de porta aberta a pediatria.
O Hospital Universitário de Santa Maria (UFSM), afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que não foi procurado para essa negociação.
Ainda segundo Solange, dois clínicos gerais foram contratados na tarde de segunda-feira e serão encaminhados para os PAs do Patronato e da Tancredo Neves.
A falta de pediatras no Patronato deve se estender em agosto nos turnos da manhã de terças, sextas e sábados. As crianças devem ir para a UPA.
As crianças também podem ser atendidas nas unidades básicas. A maioria dos casos que chegam aqui não são emergência afirma o administrador da UPA, Rogério Carvalho.
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